NOVOS ENCONTROS OCIDENTAIS-ORIENTAIS
Congresso Internacional do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, do Departamento de Estudos Germanísticos da FLUP e do Centro Interuniversitário de Estudos Germanísticos (FLUC) na Faculdade de Letras da Universidade do Porto
16-18 de Maio de 2007
“Na transição para o século XXI o interesse pelo Islão não depende somente do mundo, que através da globalização, se atrofiou numa aldeia. O lidar-se com o Islão no nosso tempo de conflitos civilizacionais já não representa uma abertura cultural como no tempo de Goethe ou de Lessing, mas um trabalho politicamente relevante para a paz”, escreve o sociólogo de origem síria Bassam Tibi. A literatura ocidental participou durante muito tempo na construção de uma imagem do Oriente que funcionava como evitando a realidade e como palco de projecção idealizado, como se vê, por exemplo, em Divã Ocidental-Oriental de Goethe. A partir do século XIX a situação começou a mudar, em parte graças aos relatos de viagem cada vez mais numerosos e que por vezes punham em causa as imagens construídas anteriormente com as sua informações topográficas, etnológicas e culturais, baseadas em realidades vividas.
Entretanto o Islão chegou ao Ocidente, como o provam os cerca de 40 milhões que vivem na Europa Ocidental. Para além disso a guerra no Iraque e o actual conflito dos “cartoons” mostram como a relação entre o espaço islâmico e o ocidental é de grande tensão.
A literatura poderá ter um papel – ainda que modesto – mediatizando e esclarecendo aspectos divergentes e convergentes das diferentes culturas de ambos os “campos”, mostrando as diferentes facetas do “Outro”, das dificuldades do encontro, mas também do enriquecimento que essa aproximação pode revelar. Cabe-lhe distanciar-se – ou fortalecer – as imagens pré-construídas, forçosamente fonte de conflitos, porque baseadas numa perspectiva “orientalista” (E. Said).
Convidamos todos os colegas em Portugal e no estrangeiro a participarem no nosso Congresso para discutir diferentes olhares nas literaturas ocidentais sobre os povos orientais que professam o islamismo, mas também para vermos como é que pessoas, nomeadamente escritores, daquelas regiões se integraram (ou não) nas nossas através das novas realidades migratórias.
As comunicações não devem exceder os 20 minutos e serão posteriormente publicadas se esse for o parecer da comissão científica do Congresso. As inscrições e os resumos deverão ser enviados até o dia 31 de Dezembro de 2006. As línguas de trabalho são, além do Português, o Alemão, o Francês e o Inglês.
Prof. Gonçalo Vilas-Boas, Dr.ª Susanne Munz
Congresso Novos Encontros Ocidentais-Orientais
Deptº de Estudos Germanísticos, FLUP, Via Panorâmica s/n
P-4150-564 Porto, Portugal
Tel (00351) 22 6077184/ Fax (00351) 22 6091610
E-Mail: mimoura@letras.up.pt - munz@letras.up.pt
16-18 de Maio de 2007
“Na transição para o século XXI o interesse pelo Islão não depende somente do mundo, que através da globalização, se atrofiou numa aldeia. O lidar-se com o Islão no nosso tempo de conflitos civilizacionais já não representa uma abertura cultural como no tempo de Goethe ou de Lessing, mas um trabalho politicamente relevante para a paz”, escreve o sociólogo de origem síria Bassam Tibi. A literatura ocidental participou durante muito tempo na construção de uma imagem do Oriente que funcionava como evitando a realidade e como palco de projecção idealizado, como se vê, por exemplo, em Divã Ocidental-Oriental de Goethe. A partir do século XIX a situação começou a mudar, em parte graças aos relatos de viagem cada vez mais numerosos e que por vezes punham em causa as imagens construídas anteriormente com as sua informações topográficas, etnológicas e culturais, baseadas em realidades vividas.
Entretanto o Islão chegou ao Ocidente, como o provam os cerca de 40 milhões que vivem na Europa Ocidental. Para além disso a guerra no Iraque e o actual conflito dos “cartoons” mostram como a relação entre o espaço islâmico e o ocidental é de grande tensão.
A literatura poderá ter um papel – ainda que modesto – mediatizando e esclarecendo aspectos divergentes e convergentes das diferentes culturas de ambos os “campos”, mostrando as diferentes facetas do “Outro”, das dificuldades do encontro, mas também do enriquecimento que essa aproximação pode revelar. Cabe-lhe distanciar-se – ou fortalecer – as imagens pré-construídas, forçosamente fonte de conflitos, porque baseadas numa perspectiva “orientalista” (E. Said).
Convidamos todos os colegas em Portugal e no estrangeiro a participarem no nosso Congresso para discutir diferentes olhares nas literaturas ocidentais sobre os povos orientais que professam o islamismo, mas também para vermos como é que pessoas, nomeadamente escritores, daquelas regiões se integraram (ou não) nas nossas através das novas realidades migratórias.
As comunicações não devem exceder os 20 minutos e serão posteriormente publicadas se esse for o parecer da comissão científica do Congresso. As inscrições e os resumos deverão ser enviados até o dia 31 de Dezembro de 2006. As línguas de trabalho são, além do Português, o Alemão, o Francês e o Inglês.
Prof. Gonçalo Vilas-Boas, Dr.ª Susanne Munz
Congresso Novos Encontros Ocidentais-Orientais
Deptº de Estudos Germanísticos, FLUP, Via Panorâmica s/n
P-4150-564 Porto, Portugal
Tel (00351) 22 6077184/ Fax (00351) 22 6091610
E-Mail: mimoura@letras.up.pt - munz@letras.up.pt
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